Dislipidemia e Colesterol Alto: Efeitos na Sua Saúde

Dislipidemia: os principais efeitos do colesterol alto na sua saúde

A dislipidemia é uma condição crônica que se caracteriza por níveis anormais de lipídios no sangue, em especial o colesterol e os triglicerídeos. Esses lipídios são substâncias essenciais para o funcionamento do organismo, pois fazem parte das células, ajudam na produção de hormônios e têm um papel importante na digestão. De acordo com a Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose de 2025, a dislipidemia ocorre quando há um aumento nos níveis de LDL (colesterol ruim) ou uma diminuição do HDL (colesterol bom) no sangue, o que contribui para o acúmulo de gordura nas artérias.

A dislipidemia é frequentemente descrita como uma condição silenciosa, mas está intimamente relacionada a doenças cardiovasculares graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Os efeitos da dislipidemia no coração

Quando os níveis de LDL ficam elevados, esse colesterol pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas que dificultam a passagem do sangue. Esse processo, conhecido como aterosclerose, torna as artérias mais rígidas e estreitas, reduzindo o fluxo de oxigênio necessário para o funcionamento adequado do coração e do cérebro. As consequências dessa condição podem incluir:

• Infarto do miocárdio: obstrução das artérias coronárias que irrigam o coração;
• Acidente vascular cerebral (AVC): interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro;
• Insuficiência arterial periférica: que causa dor nas pernas e dificuldade para caminhar.

No Brasil e globalmente, as doenças cardiovasculares são consideradas as principais causas de morte, com hipertensão arterial e colesterol elevado sendo fatores de risco significativos.

Causas e fatores de risco

A dislipidemia pode ter causas genéticas, sendo frequentemente herdada dos pais, ou pode estar associada a hábitos de vida. Entre os principais fatores de risco, destacam-se:

• Alimentação inadequada: dieta rica em gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados;
• Sedentarismo: a falta de atividade física contribui para o aumento dos níveis de colesterol;
• Tabagismo: o uso de tabaco está relacionado a diversas condições de saúde, incluindo dislipidemia;
• Doenças associadas: diabetes, obesidade e hipertensão não controladas;
• Consumo excessivo de álcool: o álcool em grandes quantidades pode afetar negativamente o perfil lipídico.

É importante notar que mesmo pessoas com peso adequado podem apresentar colesterol alto, especialmente em casos de predisposição genética.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da dislipidemia é realizado por meio de um exame de sangue que avalia o perfil lipídico, indicando os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Como os sintomas muitas vezes não são evidentes, a realização de exames de rotina é a maneira mais eficaz de identificar a dislipidemia precocemente.

O tratamento da dislipidemia pode incluir:

• Mudanças no estilo de vida: a adoção de uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física são fundamentais;
• Controle de doenças associadas: manter diabetes e hipertensão sob controle é crucial;
• Uso de medicamentos: em alguns casos, o profissional de saúde pode indicar medicamentos específicos para ajudar a controlar os níveis de colesterol.

Essas estratégias são essenciais para reduzir o colesterol LDL, aumentar o HDL e diminuir o risco de complicações cardiovasculares.

Em resumo

A dislipidemia é uma condição comum, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico adequado, adoção de hábitos saudáveis e realização de exames regulares. Manter o colesterol sob controle é fundamental para proteger a saúde do coração ao longo da vida. O suporte profissional é indispensável para esclarecer dúvidas e orientar de forma individualizada cada paciente. Em casos de incertezas, é sempre recomendável buscar a orientação de um especialista para uma avaliação completa.

Referências bibliográficas

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